Quando comecei a Estar, há 10 anos, nem imaginava a abrangência de serviços que prestaria, como faço hoje.
Antes de chegar na organização e arteterapia, meu trajeto teve início na arquitetura: sou formada pela FAAP desde 2006 e sempre gostei dessa área pois a arquitetura tem o objetivo de concretizar sonhos; edificamos o que está no mundo das ideias e, de repente, aquilo é materializado. Esse é um dos motivos pelos quais relaciono a arquitetura como uma manifestação do inconsciente.
Mas como me aprofundei nessa ideia e a combinei com a organização e arteterapia?
Ao longo do meu processo profissional fui percebendo no mercado que alguns arquitetos gostam de criar uma assinatura em seus projetos, algo que nunca me identifiquei. Assim, comecei a dar ênfase e importância para uma arquitetura mais antroposófica e afetiva.
Daí veio o conceito de unir o desenvolvimento do projeto com o autoconhecimento. Mas como isso funciona? Explicando de maneira resumida, quando um projeto começa a ser elaborado, é feito um mapa astral de todos os moradores da casa, para assim conhecer cada um que lá habitará.
Então, procuro trabalhar nos projetos estímulos e experiências, dando a chance de despertar os sentidos, através de texturas, cores, cheiros e futuramente, sabores. Esse espaço toma outro significado, possibilitando a criação de novas memórias.
Alguns devem ter percebido que o nome da página passou a ser ESTAR, gostaria de contar para vocês o que vem por trás dessa nova designação.
Uma das definições de Estar no dicionário é “encontrar-se (em certo momento ou lugar, transitoriamente)”; vi que esse verbo carrega consigo grande parte do conceito do meu trabalho, que não depende apenas de mim, mas também do cliente. Ambos tem que estar presentes e ativos.
E como todo e qualquer processo, meu trabalho é transitório e por meio dele, em conjunto, geramos uma transformação. É estar aberto a uma nova vivência. Estar confortável consigo e com sua casa. É estar feliz. Já sabe qual Estar falta em sua vida?
O texto de hoje é muito especial pois nele apresentarei a vocês a nova identidade visual da marca. Quem acompanha nosso Instagram sabe que nos últimos dias tiveram várias novidades lá no feed e durante a semana publicarei textos abordando todas elas e aos pouquinhos mostrando a vocês tudo o que precisam saber sobre a nova Estar.
Novo Logo E A Relação Com o Tarot
Hoje vou falar sobre o novo logo, que por acaso carrega muitos significados (afinal, aqui amamos simbologias rs). Não há como começar a história sem antes contar que estudo tarologia há mais de um ano, acho curioso como nosso subconsciente se revela através da leitura das cartas, ou seja, é menos místico do que aparenta.
A ideia principal do desenho do logo foi tirada da carta de tarot da estrela. Para quem não sabe, sintetizando bem, essa carta representa o caminho da esperança. Ela retrata o mito grego de Pandora, no qual é explicado a existência da mulher e dos males do mundo. Zeus, deus dos deuses, monta um plano para se vingar de Prometeu – que roubou o fogo dos deuses e concedeu a capacidade de controlá-lo aos homens. Zeus então cria a primeira mulher, e cada um dos deuses dotou-a com uma de suas características, assim nasceu Pandora, que significa todos os dons.
Pandora é oferecida a Epimeteu, irmão de Prometeu, que aceita o presente e decide casar-se. Pandora trazia consigo uma arca, que era proibida de abrir. Um dia, cheia de curiosidade a mulher decide espiar o que ficava em segredo e quando abriu a caixa de imediato se escaparam todos os males que até então os homens não conheciam, como a guerra, doenças, a mentira, o ódio etc. Assustada, Pandora fecha a tampa rapidamente, com isso ela conseguiu preservar a única coisa positiva que lá possuía, a esperança. Portanto o mito da caixa de Pandora mostra como o homem é capaz de manter-se perseverante mesmo em situações adversas.
Sempre me senti bastante atraída por essa carta, tanto por sua ilustração como por seu significado. A partir daí comecei a extrair os elementos que mais faziam sentido para mim e que mais expressavam aquilo que faço.
A mão trouxe o significado do fazer manual e do cuidado, sintetizando toda a essência do meu trabalho. A libélula significa se desprender das ilusões. Mas afinal, o que seriam essas ilusões? Manter roupas que já não nos servem mais, guardar coisas que já não fazem parte do nosso momento presente, preservar recordações de histórias que já acabaram e por aí vai. Tudo a ver com o trabalho da reorganização de espaços e com o processo da arte terapia, mudanças de fora para dentro e de dentro para fora. Por fim, as estrelas que remetem à esperança, uma luz tênue que brilha e guia mas não se dissipa totalmente na escuridão.
Todo o desenho foi pensado e desenvolvido com muito carinho e cuidado, a fim de irradiar todo o amor, dedicação e zelo que tenho pelo meu trabalho, processos e clientes.
Espero que tenham gostado tanto quanto eu! Semana que vem voltamos com mais novidades, até lá.
Venha participar de uma vivência em arteterapia para proporcionar autoconhecimento e desenvolvimento pessoal.
Nome da Gente
Por que é que eu me chamo isso E não me chamo aquilo? Por que é que o jacaré Não se chama crocodilo?
Eu não gosto do meu nome, Não fui eu quem escolheu. Eu não sei por que se metem com um nome que é só meu!
O nenê que vai nascer vai chamar como o padrinho, vai chamar como o avô, mas ninguém vai perguntar pro coitadinho.
Foi meu pai quem decidiu que o meu nome fosse aquele. Isso só seria justo se eu escolhesse o nome dele.
Quando tiver um filho, não vou pôr nome nenhum. Quando ele for bem grande. Ele que procure um!
Autor: Pedro Bandeira
No dia 06/10/20 às 20:00hs acontecerá a roda de compartilhamento, arte & conversa. E o assunto abordado será seu nome. Você ja pensou a respeito dele? Sua origem e quem escolheu?
Quando comecei a ministrar o Workshop Organização Ativa na extinta Zôdio, percebi como muitas pessoas não gostavam de suas casas ou apartamentos. Nesse workshop eu abordava tanto a organização pessoal quanto a relação emocional que as pessoas tinham com suas moradas, ambientes e objetos. As reclamações eram das mais variadas ordens, desde incômodos espaciais relacionados ao tipo (casa ou apartamento), localização, tamanho, organização e até incômodos emocionais, como não se sentir bem e não conseguir se expressar na decoração.
A duração do Workshop era de, aproximadamente, 4 horas e não é possível imaginar o que emergia de conteúdos emocionais. Iniciava com uma apresentação, seguia com exercícios práticos e juntos caminhávamos para partilha e reflexão, com tudo sempre regado a muitas histórias e um grande desejo de transformação.
Você Gosta da Casa Em Que Mora? Uma Relação Emocional
Desde que o mundo é mundo, as gavetas e armários fazem o papel de órgão de uma vida psicológica secreta, sem esses objetos nossa vida íntima não teria um modelo de intimidade. Eles guardam nossos segredos mais caros, nossas dores mais profundas, desejos e sonhos adiados. Esses objetos são verdadeiros centros de ordem, que protegem toda a casa ou apartamento de uma desordem sem limites. Eles são réguas que mostram que quando estão abarrotados é hora de parar e revisar a história de vida até ali, olhando para corpos que mudaram, fazendo com que se reflita sobre memórias e recordações, apontando que não é possível fossilizar o tempo em objetos e fotografias, nem eternizar amores que não foram correspondidos.
Eles também te apontam o limite e a capacidade de suportar algo sem mexer, sem entrar em contato e quando as portas não fecham mais e as gavetas emperram, chamam a olhar o que não pode mais ser escondido sendo este, então, o momento de trazer à luz, de fazer girar as mágoas (más águas), reinventar-se, dar novos significados, tirando o que não se encaixa mais com a pessoa que você se tornou.
Então Como Fazer Mudanças em Casa?
A organização pessoal passa pela mesma tomada de consciência de alguém que está acima do peso, não basta pagar academia e se consultar com a nutricionista, é preciso assumir um compromisso de mudança de estilo de vida, agir e fazer exercícios físicos regularmente e comer direito. Em resumo, é preciso tomar atitude!
Não gostar de onde se mora e passar a vida reclamando disso não fará com que as coisas mudem. Reclamar, como a própria palavra diz: re (intensificar) e clamar (pedir), é pedir mais do mesmo, e quanto mais disser que sua casa não é como gostaria, menos atrativa ela se tornará aos seus olhos e ao seu coração.
Além da organização pessoal, existem inúmeras outras maneiras de deixar sua casa exatamente como você gostaria que ela fosse: é possível pintar suas paredes, instalar luz onde falta, transformar móveis existentes – as possibilidades são infinitas, basta soltar a imaginação e se conscientizar, de uma vez por todas, que mágica não existe; as mudanças vêm com empenho e esforço. Não se pode ter tudo, é preciso soltar para que novas coisas entrem, podemos começar abrindo espaços, analisando as possibilidades e principalmente estando conectados com o momento presente.
São quase dois anos conhecendo pessoas e as histórias de suas casas e vidas, não tem como não olhar para isso com todo carinho e respeito que essa situação pede.